domingo, 3 de agosto de 2008

Repor a Verdade.



O Insulto dos Oficiais das Forças Armadas

Os oficiais das Forças Armadas insultam o Governo ao dizerem que há pouca transparência na venda do património militar, isto é, antigos quartéis, depósitos de material de guerra, etc.

Os oficiais em questão não foram eleitos para governar o País e devem saber, a não ser que as queixas venham de reformados estúpidos, que a herança deixada pelo Portas em termos de compras de material de guerra ultrapassam em mais de dez mil vezes o valor do património das Forças Armadas agora vendido ou a vender e não tomaram conhecimento que muito desse património, terrenos, etc., passou para o domínio público, principalmente autárquico.

Mais de 4 mil milhões de euros vão custar os dois submarinos adquiridos pelo Portas com comissões para oficiais de marinha de alta graduação, agora presos, e outras pessoas que receberam os milhões transferidos pelos estaleiros Howaldswerft para uma empresa do BES em Londres. Esse dinheiro inclui os barcos, armamento, juros de leasing e vinte anos de operacionalidade.

Para além disso, Portas deixou uma compra de 260 carros blindados Pandur II de oito rodas do tipo Chaimite que eram mais pequenos e só de quatro rodas. Portugal, durante os 13 anos de guerras coloniais, nunca chegou a possuir 260 Chaimites. Para que guerra é que Portas quis os Pandur II vindos da Áustria. O governo negociou entregas mais proteladas e este ano vieram apenas 15 unidades, podendo chegar mais umas tantas até ao fim do ano.

Foram adquiridas duas fragatas holandesas em segunda mão para substituir, com as 3 “Vasco da Gama” compradas pelo Cavaco, as sete fragatas já abatidas ao serviço. Parte das 10 corvetas que foram e ainda estão a ser abatidas vão ser substituídas pelos NPO200 (Navios de Patrulha Oceânico) mais adequados ao serviço de vigilância, patrulha, salvamento e combate à poluição nas nossas costas e ilhas atlânticas.

Portas adquiriu muito material para os F-16 e comprou uns tantos encaixotados que vieram em parte como compensação da cedência da base dos Açores. Os F-16 estão a ser montados e modernizados com o chamado equipamento da meia vida.

Além disso foram adquiridos há anos os novos helicópteros para substituir os “Puma” que estão no fim da sua vida operacional.

Houve ainda muito material adquirido para as missões da ONU e NATO, nomeadamente viaturas Hummer fabricadas na Galiza sob licença.

Enfim, os oficiais querem ficar com o dinheiro do património militar enquanto os contribuintes pagam os milhares de milhões de euros em material de modernização das FAs.

Eles estão convencidos que o contribuinte é parvo de todo e basta insultar um governo e veicular a ideia que os pequenos valores resultantes do património é “desviado” para o Ministério das Finanças que não teria direito de encaixar esse dinheiro, mas apenas de pagar os milhares de milhões. Tenham juízo senhores militares, portem-se com disciplina e lembrem-se que os contribuintes, nomeadamente as classes médias, estão longe de serem ricos. Somos todos pessoas de cêntimos bem contados e não podemos pagar para o pequeno Portugal os custos astronómicos de Forças Armadas de grandes países. Por isso, fazemos parte da União Europeia e da OTAN.

E lembrem-se que durante muitos séculos, foi a política de alianças que garantiu mais a independência nacional que o poder militar nacional, apesar de este ser igualmente necessário e indispensável à soberania nacional exercida pelo Estado, nunca por auto-gestão de militares ou quaisquer associações profissionais.

Publicado por: DD às 17:10
Retirado do blog do PS LUMIAR.

2 comentários:

Anónimo disse...

Cumprimentos do PS Lumiar.
Obrigado por terem reproduzido o nosso/meu texto
Vejo que o Vosso blogue é excelente.
DD

Anónimo disse...

Cumprimentos do PS Lumiar.
O Vosso blog é excelente, obrigado por colocarem o nosso texto.
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