quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Nem na Politica Internacional Consegue Não Ser Parcial.



Irão/Nuclear: PCP acusa potências internacionais e ONU de hipocrisia e exige desarmamento de Israel.

O dirigente do PCP Ângelo Alves defendeu hoje que "o braço de ferro" com o Irão sobre a questão nuclear é "um exemplo da hipocrisia" das principais potências e da ONU e exigiu o desarmamento de Israel.
"Se se quiser criar no Médio Oriente uma zona livre de armas nucleares, só há um caminho. Pressionar a potência nuclear da região - Israel - a desarmar-se. O resto serão exercícios de táctica diplomática e militar de hipocrisia", afirmou Ângelo Alves.
Em conferência de imprensa sobre a actualidade internacional, assinalando os 63 anos sobre o lançamento da bomba nuclear sobre Hiroshima e Nagasaki, o dirigente comunista frisou que "aumenta a inquietação em torno da possibilidade de o mundo vir novamente a testemunhar o terror nuclear".
Sobre o dossier nuclear do Irão, Ângelo Alves defendeu o "direito soberano de qualquer país decidir a sua política energética, incluindo o direito de produção de energia nuclear".
"O braço-de-ferro com o Irão é o exemplo elucidativo da hipocrisia com que as principais potências imperialistas e mesmo a ONU olham o tema do militarismo e especialmente as armas nucleares", sustentou.
Ângelo Alves assinalou que o Irão está a ser sujeito "a sucessivas e draconianas exigências" de supervisão do seu programa nuclear ao mesmo tempo que Israel, Índia ou Paquistão "beneficiam de apoio militar e de fornecimento de tecnologia nuclear".
Admitindo que "existe o risco de novos países do Médio Oriente se armarem com arsenal nuclear", o PCP defendeu que o "único caminho" para que a região seja livre de armas nucleares é pressionar Israel a desarmar-se.
No passado dia 19 de Julho, em Genebra, os principais responsáveis ocidentais deram um prazo de duas semanas a Teerão para responder à oferta de embargo de novas sanções internacionais contra o país, em troca do congelamento do programa nuclear iraniano.
A proposta prevê medidas de cooperação económica e política em troca da suspensão das actividades iranianas de enriquecimento de urânio. O prazo para a resposta iraniana terminou no sábado passado.
Terça-feira, o chefe da diplomacia da União Europeia, Javier Solana, recebeu uma carta de Teerão que será hoje discutida com os países envolvidos nas negociações do programa nuclear iraniano, anunciou o gabinete do alto representante.

E então a Coreia do Norte ficou esquecida? Amenésia politíca é o que é.

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