sábado, 27 de setembro de 2008

PS Apresenta Propostas Concretas.


PS apresenta soluções para crise social no país

Socialistas promovem este sábado, no Porto, nova sessão das Novas Fronteiras
As políticas sociais serão debatidas, este sábado, na Alfândega do Porto por socialistas e independentes, mas também são a âncora da estratégia do Governo para enfrentar os efeitos nacionais da crise financeira internacional.
A pouco mais de duas semanas da apresentação pública do Orçamento de Estado para o próximo ano, José Sócrates vai hoje a mais uma sessão do Fórum Novas Fronteiras (ler caixa) para garantir que as políticas sociais são a linha-mestra da orientação socialista até ao final da legislatura.
Só com essa aposta no social. aliada ao investimento na modernização do país, deverá argumentar Sócrates (como já o fez no comício de há uma semana em Guimarães), será possível enfrentar os reflexos da crise financeira e económica.
Neste ponto da intervenção de hoje, o líder socialista (não na qualidade de primeiro-ministro) já terá dado uma resposta implícita ao presidente da República, que aconselhou o Governo a reflectir, no Orçamento de Estado para 2009, preocupações com as pessoas afectadas pela crise.
"É normal que aqueles que estão a ser mais atingidos pela crise têm que ter, da parte dos poderes públicos, uma atenção especial", afirmou Cavaco Silva, anteontem, em Nova Iorque, em entrevista transmitida pela RTP. Antes, o chefe de Estado declarou-se "preocupado" com os efeitos em Portugal da crise financeira internacional, particularmente no que diz respeito ao "crescimento económico e ao emprego".
Este conselho, directo e inédito do presidente da República para a elaboração do Orçamento de Estado, vem marcar um tempo de relacionamento entre Belém e S.Bento, que não é alheio ao ambiente de final de legislatura, ou seja de estratégia eleitoral.
Ontem, ao ser desafiado pelos jornalistas a comentar as declarações do chefe de Estado, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, começou por se fazer rogado, escudando-se num formalismo: "Todas as palavras do presidente da República são escutadas com toda a atenção". A seguir, fez questão de anunciar que "este Orçamento, que será apresentado a 15 de Outubro, será virado, como todos os anteriores deste Governo, para o crescimento da economia e do emprego, com especial atenção às necessidade daqueles que mais precisam do Estado social". Além disso, haverá "reforço dos serviços públicos e as prioridades serão as questões da segurança e da educação". Estava, assim, transmitida a mensagem para Belém e para o país.
Ao fim da tarde de hoje, no encerramento da sessão das Novas Fronteiras, o discurso de Sócrates será dirigido, num primeiro plano, aos de independentes da "sociedade civil", que foram convidados a debater os resultados da política social seguida pelos socialistas. Deles se espera ainda que proponham caminhos e que façam uma análise prospectiva dos efeitos da aplicação das medidas.
Com as eleições legislativas do próximo ano já no horizonte, as palavras de Sócrates não deixarão de tentar de chamar a atenção do eleitorado para o que seguirá, mas não está previsto para hoje o anúncio de novas medidas. Até porque, o objectivo "oficial" da presenças dos dirigentes socialistas esta tarde na Alfândega do Porto, "é o de ouvir os contributos que serão dados pela sociedade civil".
JN

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