segunda-feira, 14 de julho de 2008

A CML a funcionar como nunca.



Câmara Municipal discute plano de drenagem contra as cheias.

A Câmara de Lisboa discute quarta-feira o Plano de Drenagem de Lisboa, um estudo que aponta para a construção de quatro grandes reservatórios e de um túnel entre a Almirante Reis e Santa Apolónia, para prevenir cheias.

O executivo municipal vai decidir se a equipa do consórcio Chiron/Engidro/Hidra tem luz verde para desenvolver as soluções para a rede de saneamento da capital, com um custo estimado em 140 milhões de euros.

O Plano de Drenagem é o primeiro plano geral de saneamento da capital dos últimos 40 anos, depois dos estudos de Arantes e Oliveira, em 1941, e Pedro Celestino da Costa, em 1955.

Uma das obras propostas é a construção de um túnel de um quilómetro, com profundidade de 65 metros, entre o Martim Moniz e Santa Apolónia, conforme expôs o engenheiro José Saldanha Matos, da Hidra, durante a apresentação do plano, na semana passada.

Esta é uma solução de "transvase" proposta devido à impossibilidade de se fazer um reservatório naquela zona.

O plano propõe também a construção de quatro grandes reservatórios para atenuação dos caudais máximos, construção ou reconstrução de colectores com falta de capacidade de escoamento, aumento da capacidade elevatória da zona ribeirinha, entre outras medidas.

Na bacia de Alcântara, é proposta a construção de um reservatório na zona de Benfica - Campolide, e de um outro no ramal das Avenidas Novas.

Na bacia de Alcântara é também apontada a construção de quatro comportas, junto ao centro comercial Fonte Nova, junto ao largo General Sousa Brandão, junto à rua Inácio de Sousa e em São Domingos de Benfica.

A construção de reservatórios no Intendente, no Vale de Chelas e na zona da Avenida de Berlim e Infante D. Henrique, são outras intervenções propostas.

O plano de drenagem foi adjudicado ao consórcio Chiron, Engidro e Hidra, em Fevereiro de 2006, durante o mandato de Carmona Rodrigues à frente da autarquia lisboeta.

O vice-presidente da Câmara, Marcos Perestrello (PS), afirmou que a autarquia tem percepção de que será necessário um investimento na ordem dos 200 milhões de euros, que deve ser realizado no período de 10 anos.

A Câmara está a negociar uma parceira com a EPAL (Empresa Portuguesa das Águas Livres), para suportar os custos da intervenção na rede de saneamento, adiantou o autarca durante a apresentação do plano.

In Destak

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